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Tesouro Direto amplia base com Cad&Pag e prepara mais inovações para 2025, diz coordenador

Segundo Paulo Moreira Marques, coordenador-geral do Tesouro Direto, o programa tem buscado atender às necessidades da população com inovações

Publicado por: Broadcast Exclusivo

conteúdo de tipo Leitura7 minutos

Atualizado em

10/02/2025 às 11:49

Por Gustavo Boldrini, do Broadcast

Aos 23 anos de história, o Tesouro Direto inicia 2025 avaliando os resultados positivos do lançamento recente da plataforma de cadastro rápido Cad&Pag e dos títulos RendA+ e Educa+, além do cartão de presente (gift card) lançado perto do Natal de 2024, ao mesmo tempo em que prepara novidades. "O que podemos dizer é que 2025 será um ano de ainda mais crescimento em relação aos últimos dois", afirma o coordenador-geral do programa Tesouro Direto, Paulo Moreira Marques, em entrevista exclusiva ao Broadcast .

Segundo o executivo, o ritmo acelerado de inovações vem desde a chegada do secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, em 2023. Foi o caso da plataforma de cadastro rápido do TD conhecida como Cad&Pag, que completou dois anos em dezembro.

Já são 130 mil investidores que começaram a investir em títulos públicos via Cad&Pag, incluindo 5 mil crianças e adolescentes, e o total investido atingiu R$ 250 milhões, dados que são vistos como "surpreendentes" pelo coordenador. "Os números e a velocidade de crescimento dessa ferramenta estão surpreendendo", afirmou Marques.

Os números tendem a crescer uma vez que o Banco do Brasil passou a integrar o grupo de instituições financeiras participantes do Cad&Pag, contribuindo "com seu potencial de marca e credibilidade" para impulsionar a iniciativa, nas palavras de Marques.

A seguir, confira os principais trechos da entrevista:

Broadcast: Qual balanço o Tesouro faz das recentes novidades da plataforma e o que se pode esperar para este ano?

Paulo Marques: O Tesouro está se aproximando da sociedade, entendendo o que as pessoas precisam. O RendA+ e o Educa+ vieram nesse sentido. Por que não pensar em produtos voltados para objetivos específicos? Fizemos um para aposentadoria, que era demanda antiga, e outro voltado para o ciclo educacional. Não existe esse tipo de título em outros lugares do mundo. Estamos facilitando a capacidade de poupança da população, e até aqui os números de adesão estão surpreendendo.
Nós estamos acelerando as inovações desde a chegada do secretário Rogério Ceron [em 2023], e tem mais novidades para este ano, que vamos trazer no momento oportuno. O que podemos dizer é que 2025 será um ano de ainda mais crescimento em relação aos últimos dois anos.

Qual o nível de aderência da plataforma de cadastro rápido Cad&Pag hoje entre a população investidora?

Temos hoje 130 mil investidores que começaram a trajetória neste cadastro, 5 mil crianças e adolescentes [de 0 a 18 anos] cadastradas, mais de R$ 250 milhões investidos. Tudo isso está além do que esperávamos quando lançamos o Cad&Pag, em 2022. Estamos observando o potencial grande que o Cad&Pag tem de capturar o alto fluxo de pessoas que passam pelo nosso site diariamente. Os números e a velocidade de crescimento dessa ferramenta estão surpreendendo.

Como funciona o Cad&Pag?

Tudo começou há mais ou menos cinco anos, quando começamos a estudar o fluxo de investidores que acessavam nosso site, que é um dos mais acessados do universo do governo federal. Nós investimos muito pra que pessoas tivessem acesso a informação fácil sobre o TD no site, mas eles acabavam entrando, lendo sobre os produtos, utilizavam as ferramentas de comparação de investimento, mas não conseguiam ter uma conta para investir.
A partir daí, começamos a desenvolver essa parceria com as instituições financeiras para construir algo que possibilitasse às pessoas entrarem no site, escolherem seu produto e na mesma hora fazerem um cadastro, abrindo uma conta em uma das instituições parceiras. Esse processo no começo durava em média dez minutos, agora está em cinco minutos, e com a facilidade talvez única de fazer o investimento via Pix.
Com o Cad&Pag nós resolvemos uma das principais dores do investidor, facilitando a compra o título naquele mesmo momento em que ele entra no site, conhece, compara e faz a escolha do seu título.
O Cad&Pag é a forma mais fácil de começar a investir que existe no mercado brasileiro hoje. Nós juntamos a facilidade de usar o Pix, com o uso de dados do cidadão mediante autorização na plataforma gov.br, que é um dos autenticadores mais seguros. E ele traz a possibilidade de investir em títulos que são muito seguros, com taxas atrativas e uma diversificação de opções.

Qual é o perfil de investidor que hoje mais se adequa ao Tesouro Direto?

O Tesouro Direto é um produto aderente a qualquer tipo de perfil. Desde o conservador até o arrojado, tem Tesouro Direto para todos, porque todo mundo precisa diversificar a carteira. Nada melhor do que ter títulos públicos, como as grandes instituições financeiras e corretoras têm. É um ativo excelente, e o Tesouro Direto é uma democratização efetiva do acesso do investidor a esses títulos. Hoje, temos o Tesouro Direto com taxas atrativas para todos os participantes do mercado, e os vários títulos oferecem oportunidades para os mais diversos objetivos e perfis de risco.

Qual é a avaliação do Tesouro a respeito do lançamento recente do gift card?

O gift card é um produto voltado para pessoas que já conhecem o Tesouro Direto. Uma coisa interessante é que quem conhece o TD pode até resgatar seu investimento, mas um dia ele vai voltar. Dificilmente a pessoa investe, tira o recurso e não volta mais. O investidor pode procurar outros ativos, mas eventualmente volta. E o gift card é para aqueles que conhecem e querem oferecer para alguma pessoa a mesma experiência. Lançamos agora perto do Natal, foi interessante o resultado em relação ao número de pessoas: foram 1,6 mil unidades vendidas e R$ 250 mil movimentados até 21 de janeiro.

De que forma o Tesouro pretende popularizar essas iniciativas?

O nosso maior desafio hoje é fazer as pessoas conhecerem essas ferramentas. Reconhecemos uma falta de capacidade de comunicação e temos investido nisso. Conhecendo, as pessoas vão investir. E aí temos que nos aproximar da sociedade para entender as necessidades, implementar essas melhorias num tempo razoável e investir em comunicação, por meio das instituições e da B3, redes sociais, etc. É um desafio constante.

Essas iniciativas têm contribuído com a educação financeira no âmbito nacional?

A educação financeira é no Brasil hoje uma política de Estado. O governo federal enxerga a deseducação financeira como um grande problema, em meio a este mundo das 'bets', que trabalham com os sentimentos das pessoas e muitas vezes geram desinformação. A gente está sempre em contato com o Ministério da Educação, o Banco Central e outras esferas para informar as pessoas que investimento é diferente de aposta. Aposta é diversão. Investimento é ter controle sobre seus gastos para poder poupar e escolher ativos com segurança e rentabilidade de acordo com seus objetivos.

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