Taesa (TAEE11) 1T25: novos projetos, maior disponibilidade dos ativos e redução de custos; positivo
BB analisa resultados do 1o TRI 25 da Taesa.
Publicado por: Análise BB
3 minutos
Atualizado em
08/05/2025 às 15:26
A Taesa divulgou ontem 7/5, após o fechamento do mercado, seu resultado referente ao 1T25, com receita dos novos projetos compensando o reajuste negativo de parte das concessões em julho de 2024, que acompanhados por boa dinâmica de custos garantiram avanço de EBITDA e de lucro operacional. No entanto, grande endividamento e indexadores em alta pesam no resultado financeiro, pressionando lucro líquido. Dividendos de R$ 0,55 por unit foram propostos pelo CA.
A receita líquida regulatória consolidada veio em R$ 598 milhões no 1T24 (+2,4% a/a), favorecida pela entrada em operação dos novos projetos de reforços e melhorias da Novatrans e de Pitiguari, além da maior disponibilidade de suas linhas de transmissão, reduzindo a Parcela Variável (que penaliza as indisponibilidades por redução da receita). Houve ainda o reajuste positivo da receita de parte de suas concessões pelo IPCA em 3,9% em julho de 2024, que compensaram o impacto do reajuste negativo pelo IGP-M de 0,34% sobre a outra parte de suas concessões a partir de julho de 2024.

O total de custos e despesas operacionais ex-depreciação e amortização apresentaram boa queda na comparação anual, somando R$ 88,3 milhões no 1T25, representando queda 10,8% na comparação anual, colhendo benefícios da reestruturação organizacional e da forte base de comparação do 1T24, que contou com custos não recorrentes de pessoal e serviço de terceiros.
A combinação de maior receita e custos menores trouxe avanço no resultado operacional, levando o EBITDA regulatório consolidado a somar R$ 509 milhões no 1T25, representando alta de 5,1% na comparação anual e margem EBITDA de 85,2% (+ 2,2 p.p.).
O resultado de equivalência patrimonial, por sua vez, trouxe impacto negativo ao resultado do trimestre na comparação anual. No 1T25, essa linha somou R$ 112,1 milhões, montante 9,3% inferior ao reportado um ano antes, no 1T24. Essa piora se deu pela forte base comparativa do 1T24, que contou com baixa de tributos diferidos e pelo impacto negativo do reajuste anual de receita pelo IGP-M para algumas controladas, além de maior despesa financeira em função da alta do IPCA, principal indexador de dívidas das controladas.

O resultado financeiro pesou novamente com o avanço do IPCA, maior indexador de dívida da Taesa, e com aumento no volume médio de dívida após a última emissão de debêntures de R$ 650 milhões, aumentando as despesas financeiras em 11,6% a/a. A receita financeira veio menor em 15,6%, com menor volume médio de caixa aplicado. O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 344 milhões, 14% superior ao apresentado no 1T24.
A comparação anual foi ainda favorecida com a redução de R$ 20,5 milhões em imposto de renda e contribuição social com baixa em passivos diferidos fiscais no total de R$ 29,5 milhões neste trimestre. O lucro líquido regulatório do 1T25 totalizou R$ 188,3 milhões do 1T25, queda de 2,5% na comparação anual, com a piora do resultado financeiro anulando a melhoria do resultado operacional.
O endividamento líquido consolidado atingiu R$ 9,4 bilhões (+7,2% a/a), com o avanço dos investimentos no desenvolvimento dos novos projetos e reforços. A alavancagem medida pela relação dívida líquida e EBITDA dos últimos 12 meses consolidados atingiu 5,0 vezes. No entanto, na consolidação proporcional de dívida e EBITDA das controladas em que possui participação, a alavancagem encerrou o 1T25 em 4,2 vezes.

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