Crédito privado: Onde investir? Confira a Seleção BB-BI de Julho
Confira os títulos incentivados de crédito privado selecionados para o mês
Publicado por: Análise BB
7 minutos
Atualizado em
01/07/2025 às 12:24
Objetivo e metodologia
A Seleção BB-BI de Crédito Privado tem o objetivo de eleger títulos de crédito privado incentivados (com isenção de imposto de renda para pessoa física) que apresentem boa relação de risco vs. retorno para investidores qualificados¹ ou público geral, sempre levando em consideração a avaliação do time de analistas de research do BB-BI acerca das métricas de crédito do emissor e do prêmio potencial ofertado. Sempre que possível, daremos prioridade à diversificação de títulos em relação a seus indexadores (IPCA ou CDI), prazos de vencimentos, emissores e setores de atuação. Recomendamos a leitura completa do material, que contém (i) a descrição dos títulos selecionados, e (ii) análise dos emissores.


Estratégia de seleção
O primeiro semestre do ano foi caracterizado por elevada volatilidade nos cenários globais e domésticos, influenciado sobretudo pela escalada de conflitos geopolíticos e tensões tarifárias. Nos Estados Unidos, o Fed manteve a taxa básica de juros estável entre 4,25% e 4,50% na reunião de junho, com parte do mercado precificando a expectativa de um início de ciclo de cortes ainda este ano. No Brasil, por outro lado, o Copom elevou a taxa Selic de 14,75% para 15,00% (maior patamar desde 2006) e sinalizou que o nível restritivo dos juros deve se manter por um período prolongado dada a continuidade da desancoragem das expectativas de inflação, incertezas fiscais e um ambiente externo adverso.
Considerando esse contexto, a curva de juros doméstica apresentou, em junho, uma abertura dos prêmios para os vencimentos mais curtos e um fechamento dos vértices mais longos, resultando em uma perda de inclinação - ressaltamos, no entanto, que o nível de prêmio dos juros reais ainda opera próximo a dois desvios-padrão acima da média para diferentes vértices ao longo de toda extensão da curva. Isso mantém, em nossa visão, a atratividade dos papéis indexados ao IPCA comparativamente a outras classes de ativos para um carrego de médio e longo prazo, especialmente na parte intermediária da curva (vencimentos entre 2028 e 2035), onde observamos maior prêmio embutido. Os ativos de crédito privado isentos de impostos e com boa classificação de risco seguem negociando com spreads bastante comprimidos em função de uma demanda resiliente, exigindo para o segundo semestre a continuidade de uma abordagem cautelosa e seletiva, haja vista a assimetria entre risco versus retorno no crédito corporativo – lembramos que, com juros em patamares ainda elevados, mesmo que não ocorra nova altas, as empresas mais alavancadas e cíclicas tendem a sofrer maior pressão sobre as despesas financeiras.
Assim, começamos julho mantendo nossa estratégia focada em emissores de alta qualidade e consistência dos fundamentos, associados a setores com maior previsibilidade na geração de fluxo de caixa, especialmente o setor elétrico, juntamente com a escolha de empresas sólidas, em outros segmentos. Buscamos selecionar papéis que proporcionem ao investidor a possibilidade de diversificação entre setores, empresas e vencimentos, priorizando ativos com duration média de até 5 anos. Foram mantidas inalteradas as recomendações do mês anterior e, como novidade para este mês, trouxemos a indicação dos CRAs de Marfrig (CRA024002ML), empresa já presente em nossas últimas seleções, e Klabin (CRA022007EP), companhia do setor de papel e celulose que apresenta balanço robusto e diversificação de negócios, com atuação em segmentos essenciais da economia, projetos de investimento em processo de maturação (ramp-up) e um processo de desalavancagem financeira em curso, dado que alguns investimentos ainda não estão integralmente refletidos nos números de receitamento.

Disclaimer
Este é um relatório público e foi produzido pelo BB-Banco de Investimento S.A. (“BB-BI”). As informações e opiniões aqui contidas foram consolidadas ou elaboradas com base em informações obtidas de fontes fidedignas e de boa-fé, tendo sido tomadas medidas razoáveis para assegurar sua exatidão no momento de publicação. Contudo, o BB-BI não garante que tais dados sejam totalmente isentos de distorções e não se compromete com a veracidade dessas informações. Todas as opiniões, estimativas e projeções contidas neste documento referem-se à data presente e derivam do julgamento de nossos analistas de valores mobiliários (“analistas’), podendo ser alteradas a qualquer momento sem aviso prévio. O BB-BI não garante o lucro e não se responsabiliza por decisões de investimentos que venham a ser tomadas com base nas informações divulgadas nesse material, que tem por finalidade apenas informar e servir como instrumento que auxilie a tomada de decisão de investimento, não devendo ser interpretado como material promocional, recomendação, oferta ou solicitação de oferta para comprar ou vender quaisquer títulos e valores mobiliários ou outros instrumentos financeiros. Investimentos nos mercados financeiros e de capitais estão sujeitos a riscos de perda superior ao capital investido. A rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura. Nos termos do art. 22 da Resolução CVM 20/2021, o BB-BI, em conjunto com o Conglomerado Banco do Brasil S.A. (“Grupo”), declaram que (i) podem ser remunerados por serviços prestados ou possuir relações comerciais com a(s) empresa(s) analisada(s) neste relatório ou com pessoa natural ou jurídica, fundo ou universalidade de direitos, que atue representando o mesmo interesse dessa(s) empresa(s); (ii) podem possuir participação acionária direta ou indireta, igual ou superior a 1% do capital social da(s) empresa(s) analisada(s), e poderão adquirir, alienar ou intermediar valores mobiliários da(s) empresa(s) no mercado.
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