lâmpada desligada em fundo azul

Neoenergia 4T24 e 2024: crescimento contínuo e manutenção de rentabilidade; positivo.

BB faz análise de resultados da Neoenergia no 4T24

Publicado por: Análise BB

conteúdo de tipo Leitura3 minutos

Atualizado em

18/02/2025 às 16:47


A Neoenergia divulgou ontem (17/02), após o fechamento do mercado, seu resultado referente ao 4T24 e consolidado de 2024, mantendo o crescimento de receita e o bom controle de despesas operacionais gerenciáveis. Ainda que os custos operacionais não gerenciáveis e a despesa financeira tenham inibido o avanço da receita, consideramos o resultado positivo.

Resultado

A receita líquida consolidada no IFRS veio em R$ 13,6 bilhões (+18% a/a) no 4T24 e, excluindo-se a receita de construção, foi R$ 10,7 bilhões (+13,6% a/a). Em 2024, somou R$ 48,9 bilhões (+7,8% a/a) e R$ 39,4 bilhões (+5,5% a/a) ex-construção. O crescimento foi puxado pelo aumento da energia injetada em 2,1% a/a no 4T24 e de 5,8% a/a em 2024, com aumento de 2% no número de clientes nos últimos 12 meses e efeito de revisões tarifárias das distribuidoras, bem como no crescimento no segmento de Transmissão, com novos projetos entrando em operação nos últimos trimestres, que também contaram com base comparativa fraca de 2023, quando houve a venda de 50% de 8 ativos de Transmissão para o GIC. Na Geração, a consolidação de Dardanelos a partir de setembro de 2023 e boa geração das renováveis, marcando o primeiro ano totalmente operacional dos ativos eólicos e solares, favoreceram a receita mas a queda na geração da Termopernambuco devido ao vencimento de seu contrato em maio de 2024 e menor despacho na comparação anual no 4T24, mesmo com o início de vigência do novo contrato antecipado para outubro de 2024 anularam seus efeitos.

Os custos não gerenciáveis somaram R$ 5,8 bilhões no 4T24 (+12,3% a/a) e totalizaram R$ 21 bilhões em 2024 (+6,2% a/a), tendo o trimestres sido principalmente impactado pelo aumento no custo de compra de energia para revenda (+26,6% a/a) e o ano principalmente favorecido pela redução no custo com combustível para produção de energia (-55,6% a/a).

As despesas gerenciáveis (ex-depreciação e construção) somaram R$ 1,4 bilhão no 4T24 (+6,7% a/a), com o avanço na despesa de pessoal (+9,8% a/a) amenizada pela redução em serviços de terceiros (-1,2% a/a) e pela redução nos custos com PCLD (-7,7% a/a). As despesas de PMSO apresentaram alta de 4,8% a/a no 4T24, somando R$ 1,2 bilhão no trimestre e R$ 3,5 bilhões (+4,6% a/a) em 2024, avançando abaixo da inflação mesmo com crescimento em número de clientes e de ativos.

Houve impacto negativo em ajustes na equivalência patrimonial das hídricas na comparação anual devido ao valor positivo contabilizado em 2023 referente a permuta de ativos com a Eletrobras e contabilização negativa em 2024 referente a venda da UHE Baixo Iguaçú.

Desempenho da Ação. O mês de fevereiro trouxe impulso para a ação da Neoenergia, apresentando alta de aproximadamente 10% com o anúncio da venda de Baixo Iguaçú por preço atrativo, demonstrando foco da companhia na busca de rentabilidade na execução da sua estratégia de rotação de ativos e na expectativa de bons resultados. No entanto, nos últimos 12 meses as ações apresentam estabilidade, sem valorização acumulada no período. Entendemos que o processo de renovação das concessões de distribuição que vencem nos próximos anos, enquanto não definido, deve segurar os papéis. A expectativa dessa definição pode trazer novo impulso para os papéis, com o incremento de previsibilidade de geração de caixa por mais 30 anos. Nosso preço-alvo não considera a renovação das concessões e, ainda assim, implica em grande potencial de valorização, que pode ser majorado com a confirmação da renovação dessas concessões, e por isso reafirmamos nossa recomendação de Compra.

Discalimer

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