Neoenergia 1T25: crescimento e rentabilidade se mantêm; positivo.
BB faz análise de resultados da Neoenergia no 1T25
Publicado por: Análise BB
3 minutos
Atualizado em
30/04/2025 às 14:16
A Neoenergia divulgou ontem (29/4), após o fechamento do mercado, seu resultado referente ao 1T25, com crescimento de receita e o bom controle de despesas, mantendo o desempenho operacional semelhante ao apresentado no mesmo período de 2024. Já o resultado financeiro e ajustes de equivalência patrimonial inibiram o avanço do lucro líquido. Consideramos o resultado positivo. No entanto, em função da forte alta das ações em 2025, alteramos nesse momento nossa recomendação para as ações NEOE3 de compra para neutra.

Resultado
A receita líquida consolidada no IFRS veio em R$ 12,2 bilhões (+5,7% a/a) no 1T25 e, excluindo-se a receita de construção, foi R$ 10 bilhões (+3,0% a/a). O crescimento veio em função do aumento da energia distribuída em 2,3% a/a no 1T25 (incluindo GD), com aumento de 1,8% no número de clientes nos últimos 12 meses e efeito de revisões tarifárias das distribuidoras, pelo crescimento no segmento de Transmissão, com novos projetos entrando em operação nos últimos trimestres e maior geração eólica, compensando menor receita da Termopernambuco, que migrou para o contrato de reserva de capacidade, após o vencimento de seu contrato anterior em maio de 2024.
Os custos não gerenciáveis somaram R$ 4,8 bilhões no 1T25 (-0,3% a/a), sendo favorecidos pela forte queda de custo com compra de combustível (-75,8% a/a), uma vez que o despacho da Termopernambuco foi bem menor, e por menor custo de transporte de energia (-9,1% a/a), que compensaram a alta da compra de energia (+6,3% a/a) em ritmo superior à receita.
As despesas gerenciáveis (ex-depreciação e construção) somaram R$ 1,4 bilhão no 1T25 (+2,9% a/a), com estabilidade na despesa com pessoal (+1,0% a/a) e queda de provisões compensando a alta de serviços de terceiros (+8,5% a/a) e outros (+10,3% a/a). As despesas de PMSO apresentaram alta de 4,9% a/a no 1T25, somando R$ 1,2 bilhão no trimestre.
Houve impacto negativo na rubrica de equivalência patrimonial na comparação anual, com o ajuste a valor justo de Itabapoana, trazendo nesta linha o valor negativo de R$ 15 milhões no 1T25, ante R$ 41 milhões positivo no 1T24.
O EBITDA veio em R$ 3,7 bilhões no 1T25 (+7,2 % a/a), correspondendo à margem EBITDA de 30,3% (+0,4 p.p.), em linha com o mesmo período no ano passado apresentando pequeno ganho de margem. O resultado financeiro foi negativo em R$ 1,5 bi no 1T25 (+20,7% a/a) com maior saldo médio da dívida pelas captações para financiar os investimentos em transmissão e distribuição e maior CDI, principal indexador das dívidas. O lucro líquido ex-minoritários somou R$ 1 bilhão no 1T25 (-11,2% a/a).

Desempenho da Ação. As ações da Neoenergia têm apresentado boa valorização em 2025, em alta de quase 20%, e particularmente agora no mês de abril (~8%), com notícias favoráveis a respeito da estratégia de rotação de ativos, como a venda da usina Baixo Iguaçú e do ativo de transmissão Itabapoana, além do avanço no processo de renovação das concessões de distribuição com vencimento nos próximos anos. A Neoenergia possui quatro concessões de distribuição com renovação em análise neste processo atual, o que pode trazer valor econômico para a empresa. Porém ainda não contemplamos essas renovações em nossa avaliação, e em função da alta dos últimos meses, reduzimos nossa recomendação para as ações NEOE3 de Compra para Neutra.

Discalimer
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