Magazine Luiza (MGLU3) 1T25: misto; crescimento tímido de receita e lucro, com aumento de margens
BB analisa resultado do 1T25 como misto.
Publicado por: Análise BB
7 minutos
Atualizado em
09/05/2025 às 13:18
O Magazine Luiza reportou resultados mistos no 1T25, em nossa opinião. Apesar de a companhia ter apresentado um crescimento de receita tímido, abaixo de nossas expectativas, merece destaque o incremento de margens, tanto bruta como EBITDA.

Desempenho das Ações e Perspectivas
As ações MGLU3 apresentam aumento de 42,9% desde o início do ano (até ontem, 8), desempenho bastante superior ao do Ibovespa, como reflexo, em nossa visão, do fechamento da curva de juros que tende a beneficiar empresas cíclicas como o Magalu. O mercado não reagiu bem aos resultados divulgados e, até a publicação deste relatório, as ações da empresa chegaram a cair quase 12%. Por mais um trimestre, a companhia apresentou um crescimento de receita tímido, abaixo da inflação, o que gera preocupação quanto à capacidade da companhia de se manter presente em um ambiente competitivo como o qual está inserida. Entretanto, durante a teleconferência de resultados, o CEO anunciou que, após um período de foco em rentabilidade e lucratividade, a companhia passa agora a ter objetivos mais diretos de incremento de receita e conversão de visitas às lojas em vendas. Entendemos que o cenário macro para 2025 segue desafiador para empresas do segmento de bens duráveis e que, apesar da rentabilidade ter apresentado evolução ao longo dos últimos períodos, seguimos aguardando um melhor desempenho na linha de receita. Nesse contexto, optamos por manter nossa recomendação Neutra e o preço-alvo em R$ 9,00 para o final de 2025.

Desempenho Econômico-financeiro
As vendas totais atingiram R$ 16,1 bilhões no 1T25, 0,2% superior na comparação anual e abaixo das nossas expectativas (-3,5% r/e). Enquanto as vendas do 1P (on-line com estoque próprio) registraram queda de 2,6% a/a (-3,0% r/e) e as vendas do canal 3P (marketplace) caíram 1,8% a/a (-7,2% r/e), as vendas em lojas físicas fecharam o trimestre com um incremento de 6,2% a/a, um pouco abaixo do que havíamos projetado (-0,5% r/e).
Vale mencionar que o crescimento das vendas mesmas lojas nas estruturas físicas da companhia ficou em 7,1%, número acima da inflação do período. Com isso, a receita líquida consolidada somou R$ 9,4 bilhões, número 1,6% superior ao mesmo período do ano passado (-2,3% r/e), impulsionada, principalmente, pela performance das lojas físicas e pela expansão da receita de serviços.
Por fim, a companhia apresentou um lucro líquido contábil de R$ 13 milhões, número 54,1% abaixo do apresentado no mesmo período do ano anterior.
Destaques 1T25

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