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Grupo Natura &Co (NTCO3) 1T25: positivo; incremento de receita e margens

BB analisa resultado do 1T25 do Grupo Natura &Co.

Publicado por: Análise BB

conteúdo de tipo Leitura7 minutos

Atualizado em

13/05/2025 às 14:15


Consideramos o resultado do 1T25 do Grupo Natura &Co positivo. A companhia apresentou aumento de receita e de margens acima do esperado. As vendas da marca Natura surpreenderam positivamente mais uma vez, com a operação do Brasil crescendo 8,2% e a do restante da América Latina, 38,4%, incluindo a Argentina, ambas na comparação anual. As margens bruta e EBITDA também tiveram incremento, apresentando números acima de nossas expectativas.

Importante mencionar que os números de 2024 apresentados pela companhia consideram a Avon International como operação descontinuada, voltando a ser reconsolidada somente a partir de dezembro. Neste relatório, para mantermos bases comparáveis justas entre o 1T24 e o 1T25, optamos por considerar as informações de Avon International de 2024, conforme publicado pela empresa em Anexo ao Earnings Release.

Desempenho das Ações e Perspectivas

As ações NTCO3 registram queda de 26,4% desde o início do ano (até ontem, 12), performance bastante inferior a do Ibovespa no mesmo período. Em nossa opinião, a queda deveu-se ao desânimo referente ao resultado do 4T24 e à indefinição em relação ao futuro da Avon International. Durante o pregão de hoje e até a publicação deste relatório, os papéis de Natura chegaram a subir mais de 7%, com o mercado reagindo de forma positiva ao resultado apresentado. No 1T25, a companhia apresentou números bem mais animadores que os anteriores, com a Natura mostrando, por mais um período, a força de sua marca e a sustentação do crescimento de suas vendas em patamares sólidos. Entretanto, a companhia ainda tem que lidar com as vendas fracas no consolidado de Avon América Latina e com a indefinição do futuro da Avon International, que continua pesando negativamente no balanço do Grupo.

Para os próximos períodos, fica a expectativa em relação à aprovação da incorporação da Holding pela Natura Cosméticos S.A. – que busca a simplificação das operações da companhia –, ao avanço da Onda 2 que deve ser concluída no final deste ano e à queda nos custos de transformação. Em relação ao cenário macroeconômico, entendemos que os indicadores continuam apresentando expectativa de deterioração, principalmente para o segundo semestre do ano, o que traz expectativas mais desafiadoras para as empresas do setor de Varejo de bens não-essenciais, como é o caso de Natura. Nesse contexto, optamos por manter nossa recomendação Neutra e o preço-alvo em R$ 17,30 para o final de 2025.

Desempenho Econômico-financeiro

A receita líquida consolidada do Grupo Natura &Co somou R$ 6,7 bilhões no 1T25, sendo que a Natura &Co América Latina foi responsável por um incremento de 12,3% e a Avon International ficou praticamente estável em relação ao mesmo período do ano anterior.

A margem bruta consolidada da companhia fechou o trimestre em 66,3% (+1,1 p.p. a/a, +2,4 p.p. r/e), impactada pela expansão de margem em todas as regiões da Onda 2 e pelo custo ainda não ter sido impactado pelos efeitos cambiais e pressões inflacionárias, ao mesmo tempo que se beneficiou do aumento de preços praticados no início do ano. A margem bruta da operação da Natura América Latina apresentou incremento de 1,2 p.p. a/a e a da Avon International, um aumento de 0,3 p.p. a/a.

Já o resultado financeiro líquido fechou o trimestre em R$ 251 milhões negativos, impactado, principalmente, pelo aumento das despesas financeiras e pela redução das receitas financeiras, além do aumento significativo das perdas com derivativos sobre variações cambiais. Por fim, a companhia apresentou um prejuízo das operações continuadas de R$ 151 milhões no 1T25.

Em relação à alavancagem financeira, o índice dívida líquida/EBITDA ficou em 1,43x ao final do trimestre, considerando as saídas de caixa de R$ 675 milhões do fluxo de caixa livre e de R$ 60 milhões do programa de recompra de ações, parcialmente compensadas pelo benefício de R$ 250 milhões da depreciação do dólar.

Destaques 1T25

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