Itaú (ITUB4) 1T25: expandindo o bom momento
Segundo analistas do BB-BI, o Itaú apresentou no 1T25 um resultado positivo.
Publicado por: Análise BB
5 minutos
Atualizado em
09/05/2025 às 12:05
Sumário do conteúdo a seguir:
O Itaú apresentou no 1T25 um resultado que consideramos positivo, com lucro líquido gerencial de R$ 11,1 bilhões (+2,2 t/t e +13,9% a/a), equivalente a um ROAE de 22,5%. O resultado foi favorecido por uma forte margem financeira com clientes, melhor mix e bom controle dos custos.
Momento. Em nossa leitura o resultado do 1T25 representa nada mais do que a continuidade do bom momento do banco, com expansão de lucro, manutenção de alta rentabilidade e melhoria de eficiência, uma trinca cuja barra o Itaú eleva trimestre a trimestre, com praticamente nenhum deslize.
Os destaques positivos, em nossa leitura, ficaram por conta (i) da qualidade dos ativos medidos pela inadimplência, que recuou marginalmente a 2,3% (-10 bps t/t) na contramão do mercado, que observou alta de cerca de 30 bps no período; (ii) da expansão da margem com clientes (+3,2% t/t e +13,9% a/a), favorecida por um mix melhor e por um maior saldo médio, apesar do recuo da carteira de crédito no comparativo t/t, também na contramão do que era de se esperar dada a sazonalidade mais fraca no 1T. Na mensuração da margem líquida foi observado um aumento nas duas visões: Consolidado (de 8,6% para 9%) e Brasil (de 9,3% para 9,8%) e; (iii) o custo do crédito, que permaneceu estável t/t em 3% da carteira, permitindo uma margem líquida ajustada ao custo de crédito maior.
Os destaques negativos, em nossa visão, ficam por conta (i) da elevação da inadimplência curta (15-90 dias), ainda que dentro de um contexto de sazonalidade; da (ii) retração da carteira de crédito (-1,7% t/t), que encontra explicação parcial na variação cambial, e (iii) das despesas não-decorrentes de juros, que se expandem 9,8% a/a no agregado, um patamar elevado. Apesar dessa escalada, o Itaú passou a apresentar a abertura destas linhas por segmentação operacional, comercial e investimentos em tecnologia, onde se evidenciou que esta última é a que mais cresce, enquanto a operacional recua, com o agregado crescendo praticamente em linha com a inflação nos últimos dez anos. Com as receitas se expandindo mais do que as despesas, o banco conseguiu renovar o melhor índice de eficiência da série histórica, atingindo 38,1%.

Desempenho das ações
As ações do Itaú se valorizam significativamente acima do Ibovespa na janela dos últimos 12 meses, segundo nossa interpretação pela qualidade de execução e consistência de resultados acima da média. Temos recomendação de compra para as ações ITUB4 desde maio de 2020, período em que a valorização do ativo já atinge 180%. Atualmente ela está na Seleção BB 2025 e está há mais de dois anos e meio ininterruptos na Carteira Fundamentalista.

Perspectivas
O Itaú segue se consolidando como o banco com maior rentabilidade entre os grandes bancos do país, mesmo em um ambiente incrementalmente desafiador para o crédito diante do contexto de contração monetária. Mesmo com todos os percalços na mesa, incluindo adaptações regulatórias como a resolução 4.966, o banco demonstra resiliência e capacidade de adaptação, além de eficiência operacional elevada e sólida qualidade dos ativos. O foco em mix de produtos mais rentáveis e gerência de custos que se traduzem em alavancagem operacional devem seguir sendo os principais direcionadores para a manutenção da rentabilidade – e não nos surpreenderia uma eventual expansão, já que o banco insistentemente supera seus próprios limites.
Preço-alvo e recomendação
Sem alterações no valuation por hora, mantemos nosso preço-alvo em R$ 38,18 (ajustado pós bonificação) para o final de 2025. Entendemos que a manutenção do bom momento não apresenta até agora sinais de enfraquecimento, e que a consistência dos resultados deve ser o gatilho para possíveis revisões de potencial pelo mercado, e por isso** reiteramos a recomendação de Compra**.



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