B3 (B3SA3) 1T25: Neutro, diversificação das receitas sustenta resultado
BB analisa resultado do 1º trimestre 2025 como neutro
Publicado por: Análise BB
4 minutos
Atualizado em
09/05/2025 às 12:31
A B3 apresentou um resultado neutro no 1T25, em nossa opinião, em linha com as expectativas de mercado. A receita bruta totalizou R$ 2,7 bilhões (+7,7% a/a), o EBITDA recorrente foi de R$ 1,7 bilhão (+5,5% a/a), com margem Ebitda recorrente de 69,5% (-1,8 p.p. a/a), e lucro líquido recorrente de R$ 1,1 bilhão (-0,1% a/a).
O cenário de juros elevados manteve aquecido os negócios de renda fixa da companhia. A receita com a distribuição de debêntures foi 40,2% superior em relação ao 1T24, e os volumes de emissões e estoques apresentaram aumento de dois dígitos percentuais. Já no mercado de ações à vista, o avanço no volume financeiro médio diário negociado (ADTV) foi de apenas 1,1% a/a, influenciado pela redução de 2,0% a/a no volume de ações, mesmo diante do crescimento significativo de ETFs, BDRs e Fundos Listados. No mercado de derivativos listados, o volume médio diário negociado (ADV) foi 9,4% inferior na comparação anual, mas gerou maiores receitas, impulsionado pelo crescimento de 29,3% da receita média por contrato.
As despesas totalizaram R$ 908,2 milhões, representando uma redução de 10,6% a/a, devido principalmente ao término da amortização dos intangíveis reconhecidos na combinação com a Cetip. As variações mais relevantes ocorreram nas despesas com (i) processamento de dados (+9,4% a/a), justificado pela companhia como uma otimização da gestão de projetos, visando a distribuição de entregas ao longo de todo o exercício; (ii) faturamento (+48,0% a/a), reflexo dos incentivos ao Tesouro Direto e ao Futuro de Bitcoin; e (iii) serviços de terceiros (+30,7% a/a), relacionados a despesas com consultoria estratégica.
O resultado financeiro totalizou R$ 15,6 milhões, representando uma redução de 65,6% a/a, refletindo menores receitas financeiras devido a um saldo médio de caixa menor no período, enquanto as despesas aumentaram em razão do maior saldo devedor e de eventos não recorrentes.
Proventos As distribuições no trimestre totalizaram R$ 786,5 milhões, sendo R$ 459,0 milhões em recompras de ações e R$ 327,5 milhões em juros sobre capital próprio, pagos em abril/25.

Desempenho das ações

Em 2025, até o último fechamento, as ações B3SA3 acumulavam valorização de 39,45% enquanto o Ibovespa registrou 13,3% no mesmo período. Em março, um maior fluxo de capital estrangeiro e o comunicado de decisão do CARF, favorável à B3, cancelando definitivamente o auto de infração da Receita Federal que questionou a amortização do ágio gerado na incorporação de ações da Bovespa Holding, impulsionaram as ações que encerraram o mês com valorização de 17,3%.
Análise, preço-alvo e recomendação
Mais do que a diversificação, os últimos resultados da companhia demonstraram a complementaridade de seus negócios, evidenciando a resiliência das receitas e margens em diferentes cenários. Além disso, a B3 tem ampliado a representatividade das receitas em segmentos menos cíclicos, investido constantemente em melhorias tecnológicas, fortalecendo sua estrutura e explorando novas fontes por meio do lançamento contínuo de produtos e serviços. Neste contexto, considerando sua estrutura de capital equilibrada, com balanço sólido e margens elevadas, mantemos a recomendação de compra para B3SA3 com preço-alvo de R$ 14,80 para o final de 2025.
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