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posto de gasolina enchendo tanque

Mercado

Vibra (VBBR3): Resultado 1T24 - sem novidades; apesar do menor volume de vendas, as boas margens garantiram um bom resultado

Daniel Cobucci, analista de investimentos do BB-BI, analisa os resultados da Vibra Energia no 1o trimestre de 2024.

Publicado por: Análise BB

conteúdo de tipo Leitura4 minutos

Atualizado em

10/05/2024 às 14:31


A Vibra reportou bons números no 1T24, mantendo uma dinâmica de melhoria nas margens, apesar de seguir em um processo de redução no volume de vendas, em especial para TRR, mas também como consequência da depuração de postos de baixa performance, combinação que tem resultado em bons resultados financeiros, apesar da perda a/a de market share.

Novamente a companhia manteve sua margem EBITDA em elevado patamar, de R$ 159/m3, após efeitos não recorrentes, além de ter apresentado evolução operacional com a entrada em operação da ampliação realizada nas bases em Santarém e Belém, o que deve colaborar para uma maior captura de oportunidades do agronegócio na região norte.

Do lado negativo, destacamos a perda de market share e a maior necessidade de capital de giro, que levou a companhia a uma queima de caixa de R$ 1,2 bilhão no trimestre. Ainda assim, a boa geração operacional de caixa nos últimos doze meses possibilitou a redução da dívida bruta em R$ 2,2 bilhões (-12,4%) levando a alavancagem para 1,1x dívida líquida/EBITDA, ante 2,7x no 1T23.

Resultados por segmento:

Rede de postos. Apesar de nova redução no volume de vendas (-8% t/t e -8,8% a/a), houve melhoria nas margens de comercialização e menor volume de perdas contábeis com estoques, resultando em um lucro bruto 56% superior a/a, (-12% t/t, como efeito da sazonalidade). A queda no volume de vendas seguiu sendo puxada pela diminuição nas vendas de gasolina (-18% a/a) e diesel (-13% a/a), parcialmente compensados por uma evolução de 50% nas vendas de etanol. Ainda assim, na soma que compõe o ciclo otto (gasolina + etanol), houve retração de 5%, ante um aumento de 2% apresentado pela Ipiranga no mesmo período. A companhia teve uma redução de 136 postos ante o 4T23, buscando adequar o perfil da rede a seus parâmetros de volume e rentabilidade, o que gera expectativa sobre o timing de voltar a crescer a base e ampliar market share.

Grandes consumidores (B2B). O segmento B2B também apresentou aumento nas margens, mas menor volume de vendas, com a maior parcela da redução ocorrendo no segmento TRR (transportador revendedor retalhista), dado que a companhia tem priorizado as vendas para clientes diretos, objetivando capturar maiores margens. Assim, vemos os volumes de vendas 6% menores a/a, com maior impacto nas vendas de diesel (-13% a/a) e coque (-63% a/a), parcialmente compensados pela continuidade do movimento de retomada em combustíveis de aviação (+13% a/a e +6% t/t). A margem EBITDA do segmento ficou em R$ 175/m3, patamar sólido e que sinaliza que a companhia tem trabalhado bem sua estrutura de custos e de precificação. O lucro bruto veio 39% superior a/a e -11% t/t, enquanto o EBITDA teve um aumento de 81% a/a e redução de 35% t/t, devido à sazonalidade entre períodos, o que inclui o maior uso de diesel para a safra de grãos no 4T.

A Vibra acumula uma alta superior a 77% nos últimos doze meses, apesar de registrar uma baixa de 9% desde o início de março. Entre o final de 2023 e o início deste ano houve uma forte recuperação em bolsa das distribuidoras de combustível, acompanhando uma retomada de volumes e de margens de comercialização. No entanto, os ganhos em volume ocorreram principalmente para os postos não embandeirados, como indicamos em nosso relatório setorial. Recentemente, houve a criação de dois convênios pelo Consefaz para coibir a importação de diesel com vantagens tributárias, o que sugere que as companhias listadas podem melhorar suas condições na disputa de market share sem perda relevante de margens. Mantemos nossa recomendação compra e o preço-alvo de R$ 27,50 para final de 2024.

Destaques financeiros

VBBR3 vs IBOV

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Este é um relatório público e foi produzido pelo BB-Banco de Investimento S.A. (“BB-BI”). As informações e opiniões aqui contidas foram consolidadas ou elaboradas com base em informações obtidas de fontes fidedignas e de boa-fé, tendo sido tomadas medidas razoáveis para assegurar sua exatidão no momento de publicação. Contudo, o BB-BI não garante que tais dados sejam totalmente isentos de distorções e não se compromete com a veracidade dessas informações. Todas as opiniões, estimativas e projeções contidas neste documento referem-se à data presente e derivam do julgamento de nossos analistas de valores mobiliários (“analistas’), podendo ser alteradas a qualquer momento sem aviso prévio. O BB-BI não garante o lucro e não se responsabiliza por decisões de investimentos que venham a ser tomadas com base nas informações divulgadas nesse material, que tem por finalidade apenas informar e servir como instrumento que auxilie a tomada de decisão de investimento, não devendo ser interpretado como material promocional, recomendação, oferta ou solicitação de oferta para comprar ou vender quaisquer títulos e valores mobiliários ou outros instrumentos financeiros. Investimentos nos mercados financeiros e de capitais estão sujeitos a riscos de perda superior ao capital investido. A rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura. Nos termos do art. 22 da Resolução CVM 20/2021, o BB-BI, em conjunto com o Conglomerado Banco do Brasil S.A. (“Grupo”), declaram que (i) podem ser remunerados por serviços prestados ou possuir relações comerciais com a(s) empresa(s) analisada(s) neste relatório ou com pessoa natural ou jurídica, fundo ou universalidade de direitos, que atue representando o mesmo interesse dessa(s) empresa(s); (ii) podem possuir participação acionária direta ou indireta, igual ou superior a 1% do capital social da(s) empresa(s) analisada(s), e poderão adquirir, alienar ou intermediar valores mobiliários da(s) empresa(s) no mercado.

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