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Onde investir

Onde investir em maio?

Publicado por: Análise BB

conteúdo de tipo Leitura6 minutos

Atualizado em

03/05/2024 às 17:13


Todo mês, a partir dos acontecimentos na economia, o BB apresenta as carteiras sugeridas de investimentos para diferentes perfis de investidores. Elas combinam diferentes aplicações em proporções de risco e oportunidade adequadas para investidores que vão desde os mais conservadores até os mais arrojados.

A nossa Carteira de Alocação é estrategicamente pensada com base no seu perfil de investidor e, por meio de uma curadoria mensal realizada pelos nossos especialistas, te dá acesso a diferentes soluções de investimento.

  • Confira o vídeo completo das nossas Carteiras Sugeridas

Resumo de abril

O mês de abril foi bastante agitado para mercado financeiro. Aqui no Brasil, um dos principais temas que impactaram o mercado foi a alteração da meta fiscal para os próximos dois anos. Para 2025, a antiga expectativa de um superávit de 0,50% foi substituída por uma meta de déficit zero. E, para 2026, a equipe econômica do governo substituiu a meta de superávit de 1% para 0,25%. Essa notícia pressionou as curvas de juros, e elevou as taxas dos títulos de renda fixa, derrubando boa parte dos índices. Os títulos de vencimento mais longo foram os que mais sentiram, com o IMA-B 5+, por exemplo, fechando o mês com queda de -2,91%. O CDI fechou com retorno de 0,89%

Impactadas por esse mesmo contexto, as expectativas de corte para a taxa Selic mudaram. Boa parte do mercado acredita agora em uma diminuição do ritmo de cortes, partindo para um ajuste de 25 pontos na reunião de maio, e não mais os 50 bps, como precificado anteriormente. Para o final do ano, as expectativas também foram revisadas. O Boletim Focus estima agora uma taxa de 9,50% no final de 2024, ao invés dos 9% que previa antes.

A bolsa de valores brasileira também sentiu esse impacto e encerrou abril em queda de 1,70%, aos 125.924 pontos. No ano, o Ibovespa já acumula um recuo de 6,16%, e muito se deve, também, ao cenário externo: observamos mais um mês de saída de capital estrangeiro da bolsa, buscando investimentos mais seguros em tempos de incerteza

Mercado internacional

Lá fora, a renda variável não conseguiu segurar desta vez. Mesmo com um cenário monetário restritivo, as bolsas americanas estavam conseguindo manter um retorno positivo nos 3 primeiros meses do ano. Desta vez não foi possível, e o S&P fechou abril com queda de 4,16%.

A intensificação dos conflitos geopolíticos, que pressionaram os preços do petróleo, e a inflação resiliente no EUA, fizeram com que as expectativas em relação ao início do ciclo de cortes de juros fossem, novamente, postergadas. Pressionada, a taxa dos títulos de 10 anos do governo chegou a alcançar o patamar de 4,70%. Neste nível, o capital internacional acaba se redirecionando para estes títulos mais seguros, derrubando as bolsas globais, em especial as emergentes. Essa procura levou, também, a uma valorização da moeda americana. Vimos que o dólar, em relação ao real, se valorizou 3,51%, fechando em R$ 5,17. E comparado a outras moedas, a alta se manteve. O DXY, índice que reflete o comportamento do dólar em relação as principais moedas globais, teve uma valorização de 1,72% em abril.

O Bitcoin, que nos últimos meses vinha acumulando retornos expressivos, recuou mais de 14% em maio, mesmo depois do tão esperado halving. Este evento, que ocorre aproximadamente a cada 4 anos, reduz a emissão de novos bitcoins, e, com a oferta mais escassa, espera-se uma valorização do ativo. A cada ciclo, vemos o mercado cada vez mais se antecipando ao evento, talvez o movimento de alta tenha sido mais diluído desta vez, e com a chegada do halving, veio também a realização de lucros. Por outro lado, boa parte do mercado especializado acredita ainda que este recuo pode ter sido apenas uma correção, em uma trajetória mais ampla de alta. É bom ficar de olho.

Perspectivas para maio

  • Bom... diante de todas essas informações, o que fazer com os investimentos?

Em maio, já tivemos a reunião do FED que manteve as taxas de juros por lá, como já era esperado. E aqui no Brasil o Copom vai decidir, no dia 08, sobre os rumos da Selic mais uma vez. O cenário mais provável agora é de um corte de 25bps, o que levará a Selic para 10,50% ao ano.

Importante ficarmos atentos também aos indicadores de inflação, nacionais e internacionais, assim como em possíveis resoluções para os conflitos geopolíticos, o que pode despressurizar os mercados.

Nas nossas carteiras, realizamos uma alteração visando aproveitar uma oportunidade diante da abertura da curva de juros que comentamos no início do vídeo. Aumentamos a exposição na classe de indexados à inflação, reduzindo igual percentual da classe de pós fixados. Esta classe de ativos está relacionada aos títulos que pagam uma remuneração prefixada mais o IPCA. Lembra que falamos que a curva de juros abriu? Então... isso se refletiu nas taxas desses títulos que estão pagando uma melhor remuneração. Então, é bom garantir uma participação maior deles na sua carteira nesse momento, pra capturar ganhos futuros.

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