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Onde investir 2024

Rota do amanhã: projeções para o setor de petróleo e gás em 2024

Acesse a análise dos especialistas do BB Investimentos

Publicado por: Análise BB

conteúdo de tipo Audio5 minutos

Atualizado em

11/12/2023 às 11:54


Em 2023, o setor de O&G teve um forte aumento na produção, o que deve seguir como uma tendência para os próximos anos, conforme projetos já anunciados. Esperamos que Petrobras atue de forma mais integrada, enquanto as petroleiras independentes devem ter ganhos de escala, apesar dos desafios com custos.

O setor de distribuição de combustíveis deve seguir com modesta recuperação do volume de vendas, mas com dinâmicas mais favoráveis para as margens.

No setor sucroalcooleiro, temos boas expectativas para a safra 2024/25, com preços de açúcar favorecidos pela previsão de déficit global, devido à queda na produção como consequência do fenômeno El Niño. Etanol deve seguir com competitividade limitada em relação à gasolina, dada a expectativa de preços moderados de petróleo.

Abaixo detalhamos dinâmicas setoriais e subsetoriais, bem como destacamos nossas ações preferidas do setor para 2024.

Commodities: Petróleo

Em 2024, os preços de petróleo devem ser limitados por uma combinação de demanda mais fraca e um patamar de oferta mais elevado, dada a mais recente decisão da Opep de apenas prorrogar para o 1T24 os cortes de cerca de 2,2 milhões de barris/dia. Nossa projeção é de um Brent médio de US$ 87,10 para 2024.

A diminuição de riscos geopolíticos combinada com um aumento nos estoques de petróleo nas últimas semanas retirou parte do prêmio de risco, voltando as atenções para o cumprimento das cotas da Opep e para a demanda chinesa.

Commodities: Açúcar & Etanol

Os preços de açúcar no mercado internacional devem se manter elevados, com a previsão de déficit global, enquanto os preços de etanol seguem limitados pela competitividade do biocombustível frente à gasolina, cuja expectativa é de estabilidade ante 2023. O cenário pós pandemia, que trouxe alta em custos, como fertilizantes e diesel, já mostra sinais de arrefecimento, o que pode se traduzir em melhores margens de comercialização.

Petróleo & gás

Para 2024, devemos ver uma continuidade do ramp up na produção, tanto pelas plataformas recém instaladas da Petrobras, como pela da previsão do novo sistema de Mero 3 e da atuação das petroleiras independentes na revitalização de poços. Na área de refino, estão no pipeline modernizações e upgrades, com destaque para o papel de conteúdos renováveis, como HVO*, SAF e biorefino. Também esperamos anúncios de projetos mais ligados a energias renováveis, com novas aquisições e parcerias estratégicas, a exemplo do que companhias globais do setor têm feito, notadamente em eólica e hidrogênio.

Com tal cenário, esperamos que as companhias independentes sigam fortalecendo sua atuação, além de uma Petrobras mais integrada, mantendo o foco no pré-sal, mas também criando um caminho de diversificação ligado à transição energética, o que deve resultar em um menor patamar de dividendos no curto prazo, mas possibilitar uma atuação em segmentos que devem complementar o portfólio para demandas futuras.

Nossa seleção 2024 é a Petrobras, que apresentou, em novembro, o novo plano estratégico 2023-27, que entendemos como positivo, já que mesmo aumentando o capex em transição energética, manteve o teto dessa categoria de investimentos em 11% do total, abaixo do máximo anunciado, que era de ficar dentro do range 6% a 15%. O principal aspecto do plano foi não ter apresentado guinadas em dimensões que estão funcionando bem, ou seja, continuidade de foco no pré-sal, manutenção do endividamento abaixo de US$ 65 bilhões e a mesma política de distribuir 45% do fluxo de caixa livre.

Seleção 2024: Petrobras (PETR4)

Distribuição de combustíveis

Para 2024, esperamos uma modesta elevação no volume de vendas, na ordem de 0,8%, com uma dinâmica na qual a importação de derivados tem papel menor do que teve neste ano. Também esperamos aumento na diversificação das linhas de negócio para ofertar produtos voltados para energia renovável, em negócios voltados para biometano, SAF, E2G e biocombustíveis.

Nossa seleção 2024 é a Vibra, que tem potencial de crescimento no negócio atual de distribuição de combustíveis e também com o redirecionamento nos investimentos feitos ao longo dos últimos anos, à medida em que investimentos em energia (Comerc) devem crescer em participação nos resultados ao mesmo tempo em que trazem oportunidades de sinergias e diversificação para as receitas. A Vibra segue com a maior participação de mercado, mantendo a liderança, apesar de o segmento ainda estar reagindo lentamente em relação à recuperação de volumes.

Seleção 2024: Vibra (VBBR3)

Sucroalcooleiro

A Conab projeta que a moagem de cana-de-açúcar deve atingir 653 milhões de toneladas na safra 2023/2024, o que representa um crescimento de 6,9% sobre a safra anterior. O crescimento da produção de etanol deve ser de 4,5%, enquanto a produção de açúcar deve crescer 11%, diferença de mix que está associada à menor competitividade do etanol, já que produtores que possuem flexibilidade tem aproveitado o bom momento de preços no cenário global para aumentar posições de hedge.

Nossa seleção para o setor em 2024 é a Jalles, que ampliou recentemente sua capacidade de moagem e está implementando uma nova usina de açúcar, o que entendemos ainda não estar plenamente precificado pelo mercado, vide os múltiplos descontados.

Seleção 2024: Jalles (JALL3)

  • Acesse aqui todos os relatórios sobre Onde Investir em 2024.
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Este é um relatório público e foi produzido pelo BB-Banco de Investimento S.A. (“BB-BI”). As informações e opiniões aqui contidas foram consolidadas ou elaboradas com base em informações obtidas de fontes fidedignas e de boa-fé, tendo sido tomadas medidas razoáveis para assegurar sua exatidão no momento de publicação. Contudo, o BB-BI não garante que tais dados sejam totalmente isentos de distorções e não se compromete com a veracidade dessas informações. Todas as opiniões, estimativas e projeções contidas neste documento referem-se à data presente e derivam do julgamento de nossos analistas de valores mobiliários (“analistas’), podendo ser alteradas a qualquer momento sem aviso prévio. O BB-BI não garante o lucro e não se responsabiliza por decisões de investimentos que venham a ser tomadas com base nas informações divulgadas nesse material, que tem por finalidade apenas informar e servir como instrumento que auxilie a tomada de decisão de investimento, não devendo ser interpretado como material promocional, recomendação, oferta ou solicitação de oferta para comprar ou vender quaisquer títulos e valores mobiliários ou outros instrumentos financeiros. Investimentos nos mercados financeiros e de capitais estão sujeitos a riscos de perda superior ao capital investido. A rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura. Nos termos do art. 22 da Resolução CVM 20/2021, o BB-BI, em conjunto com o Conglomerado Banco do Brasil S.A. (“Grupo”), declaram que (i) podem ser remunerados por serviços prestados ou possuir relações comerciais com a(s) empresa(s) analisada(s) neste relatório ou com pessoa natural ou jurídica, fundo ou universalidade de direitos, que atue representando o mesmo interesse dessa(s) empresa(s); (ii) podem possuir participação acionária direta ou indireta, igual ou superior a 1% do capital social da(s) empresa(s) analisada(s), e poderão adquirir, alienar ou intermediar valores mobiliários da(s) empresa(s) no mercado.

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